segunda-feira, abril 12, 2010

Crítica de Filme


Ilha do Medo
(Shutter Island,2010)


Direção: Martin Scorsese

Roteiro:
Dennis Lehane ( Livro), Laeta Kalogridis ( roteiro)

Elenco: Leonardo Dicaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley

Gênero:
Suspense

Origem:
Estados Unidos

Duração:
138 minutos

Tipo:
Longa-metragem

Sinopse: Em 1954, o detetive Teddy Daniels investiga o desaparecimento de uma assassina, que fugiu de um hospital psiquiátrico e está supostamente foragida na remota Ilha Shutter. Quanto mais perto da verdade ele chega, mais enganosa ela se torna.

Scorsese agrada em gênero a lá Hitchcock!

Crítica: A ilha do medo é um filme que desde o seu início percebemos um suspense pairando no ar, com uma trilha sonora que nos arranca da cadeira e nos insere dentro do filme prendendo a atenção do início ao fim. Essa foi uma grande jogada de Scorsese, pois ele foi buscar em filmes de Hitchcock essa tensão musical associada a imagem, pelo menos foi a impressão que tive.

O filme se passa nos anos 50, uma época em que várias discussões estavam à tona, como: traições a pátria, bombas atômicas, experiências com seres humanos, e tudo isso de certa forma foi bem retratado por Scorsese que deixou de lado a sua genial convencionalidade e partiu para fazer esse filme de gênero diferente do que ele está acostumado a fazer.

Esse é o quarto filme de parceria entre Scorsese e Dicaprio, o diretor sempre foi conhecido por essas parcerias, como por exemplo: Robert de Niro, Harvey Keitel e Joe Pesci. E essa parceria tem sido uma boa para Leonardo Dicaprio, pois a cada filme suas atuações dramáticas vem melhorando consideravelmente. Outras atuações notáveis do filme são a do sempre eficiente Ben Kingsley, como Dr. Cawley, e também uma atuação de muito destaque para Mark Ruffalo que interpreta Chuck o parceiro de polícia de Ted Daniels ( Dicaprio).

Outro ponto a se destacar é a direção de arte, pois foi bem cuidadosa e conseguiu recriar toda uma ambientação dos anos 50 com cenas escuras e bem tensas, principalmente aquelas dentro do hospício.

O filme se encerra meio que deixando coisas no ar, não surpreende, mas é muito eficiente na sua proposta, Scorsese ao usar artifícios do suspense antigo de Hitchcock mostrou que não apenas faz filmes sobre máfia e gângsters, pois usar elementos antigos e complexos em filmes de hoje em dia não é fácil e não é para qualquer um. Martin Scorsese mostra com A ilha do medo, que como eu disse não chega a surpreender, mas por ter ousado e acertado, faz com que ele seja se não melhor, mas um dos melhores diretores dos últimos 30 anos.


NOTA: 8,0


AUTOR: Jefferson Queiroz

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