Dica de filme

Demônio ( Devil,2010)

Direção: John Erick Dowdle

Elenco: Chris Messina, Logan- Marshall Green, Jenny O'Hara

Duração: 70 minutos

Gênero: Suspense

Sinopse: Cinco pessoas que nunca se viram ficam presas num elevador de um arranha céu comercial. Enquanto rumavam para seus respectivos andares, algo acontece e ele para no meio do caminho. E o que para muitos já seria motivo de tensão, piora ainda mais porque estranhos e violentos acontecimentos começam a surgir dentro do pequeno espaço. Alguém ali dentro não é quem aparenta ser. O medo e a maldade tomam conta do local e do lado de fora, ninguém conseguie arranjar um jeito de ajudá-los

 

Rápido e competente!

Crítica: Se M.Night Shyamalan vinha sendo criticado por seu últimos fracassos na telona, agora ele tem motivo para comemorar na estréia da sua produtora Night Chronicles, que leva o seu nome e coloca em prática suas ideias nesse ótimo suspense.

O legal de "Demôno" é que em nenhum momento há fingimento ou pretensão de ser algo maior do que é, ou seja, um suspense com um pouco de terror altamente influenciado pelo estilo Shyamalan. Com atuações competentes e um enredo cheio de reviravoltas com um final surpresa Demônio nos faz lembrar do melhores momentos do cineasta indiano.

As câmeras viajando pela cidade de ponta cabeça passando a ideia de inversão entre o bem e o mal, a narração que a todo momento nos coloca em sintonia com o que pode vir a acontecer e que o diabo está ali por uma razão e que nada que acontecerá será por acaso. E realmente não foi, o filme explica tudo com uma simplicidade magistral inserida sempre no ritmo carregadíssimo do filme, que é bom que se diga não encontramos muito hoje em dia nas películas americanas.

Palmas para o diretor Dowdle que construiu cenas fortes e bem elaboradas nos tirando o óbvio. E destaco uma cena muito legal em que o funcionário sai correndo atrás do boné na cobertura do edifício e quando o boné sai voando nós que estamos assistindo quase vamos junto.

Demônio pode ser um recomeço para Shyamalan, mas tem ainda seus erros como a vontade de redimir o policial de seus erros, isso fica muito explícito as vezes. No mais o filme agrada e com certeza é uma ótima pedida em relação ao que vemos hoje.

Nota: 8,5

Autor: Jefferson Queiroz

Dica de filme

  Shortbus

( Shortbus, 2006)

Direção:  John Cameron Mitchell
Roteiro:  Jonh Cameron Mitchell

Gênero:  Drama/ Romance

Origem:  Estados Unidos
Duração: 101 minutos

Sinopse: Vários jovens de Nova York encontram-se num salão infame e underground chamado Shortbus, onde se deparam com situações cômicas e trágicas envolvendo amor, música, política e sexo. Sofia é a terapeuta sexual que nunca teve um orgasmo e por isto fingiu durante anos para seu marido, Rob. Ela conhece Severin, uma dominatrix que tenta ajudá-la. Entre os clientes de Sofia está o casal gay James e Jamie, que começa uma relação aberta com Ceth. O filme sugere uma forma de diminuir a pressão pós-ataques terroristas de 2001 e assim reconciliar melhor as pessoas. 

Crítica: Começo essa crítica com uma pergunta que deveríamos fazer, sexo explícito no cinema convencional é pornografia?

O filme Shortbus pode nos trazer essa dúvida, que para uns nem chega a ser algo para se questionar, é fato. Já para outros seria apenas mais uma forma de "arte". Shortbus felizmente vai além disso, pois consegue envolver o espectador numa história de amor, angústias e muito sexo.

A discussão nos leva a relações amorosas e suas consequências sexuais. É sobre uma mulher Pré-orgásmica ( pessoa que não consegue chegar ao orgasmo) que por ironia é uma terapeuta sexual, é sobre uma Dominatrix que não tem sucesso em relacionamentos, e o principal, é sobre um bar chamado Shortbus que serve de local para todos esses personagens se encontrarem.

Com diálogos muito sinceros e originais aliando-se ao sexo explícito, não menos sinceros e originais, Shortbus ajuda a definir o conceito sobre pornografia no cinema convencional comprovando que essa ideia está muito mais no olhar de quem está assistindo do que nos órgãos sexuais a mostra no filme.

É importante sabermos que o sexo faz parte das nossas vidas, e o cinema retrata todas situações que passamos, então porque não sexo?

NOTA: 8,00


Autor: Jeffeson Queiroz