sexta-feira, agosto 12, 2011

Crítica


TERROR SEM LIMITES
( Srpski film, 2010, Sérvia)

• Direção: Srdjan Spasojevic

• Roteiro:
Srdjan Spasojevic (roteiro), Aleksandar Radivojevic (roteiro)

• Gênero:
Drama/Terror

• Origem:
Sérvia

• Duração:
104 minutos

Elenco: Srdan todorovic, Sergei Trifunovic, Katarina Zuticstival

Sinopse: Milos, um ator pornô aposentado, é convidado a participar de um filme erótico de arte. Com problemas financeiros, ele aceita, sem imaginar que está entrando num snuff movie da sua própria vida.

O filme mais violento que já vi!

Crítica: A polêmica de A Serbian film como é mais conhecida essa produção que na tradução literal quer dizer" Um filme Sérvio" aqui no Brasil começou quando o Ministério da Justiça determinou a classificação indicativa do filme: "não recomendado para menores de 18 anos, por conter sexo, pedofilia, violência e crueldade", diz o texto oficial.

O filme chegou a ser exibido no Festival Fantaspoa em Porto Alegre e no Festival Lume de cinema em São Luís, mas no Rio de Janeiro teve sua exibição suspensa no RioFan, a pedido da Caixa Econômica Federal que é patrocinadora do evento.

Para resumir, o partido DEM cancelou a exibição do filme no país alegando apologia a pedofilia.

O filme mostra o que há de mais sujo na indústria pornô do undergroud europeu, e realmente choca por suas cenas de sexo snuff ( que no pornô significa sexo com violência extrema) e com duas cenas altamente pertubadoras de Snuff com um récem nascido e outra com uma criança.

O roteiro tecnicamente falando é ótimo, mas é muito difícil desvincular a obra do real, do nojo e do preconceito, mas A Serbian film mostra o que há de mais sujo na mente humana e apresenta uma situação que existe e que poucos a conhecem, são problemas que também existem no nosso querido país, ou seja, quem que está lendo agora nunca ouviu falar em pessoas que estupram bebes de 1 ano.

Com uma filmagem estilo americano, mas com um roteiro extremamente pesado e sem medo algum, A Serbian film é uma produção que choca, que não pode ser assistido por todos, mas que não pode ser proibido, pois nos alerta muito sobre o que há de louco e violento no mundo.

Atuações convincentes beirando o máximo do realismo, uma direção extremamente competente de Srdan Spasojevic que apostou nessa violência mental assustadora, e que em nenhum momento desistiu dela, transforma esse filme Sérvio no mais violento da história do cinema conseguindo aliar a violência mental com a violência física de maneira assustadora.

Antes de proibirem esse filme no Brasil deviam pensar em proibir outras programações que ensinam nossos jovens a trair, roubar e usar drogas de maneira divertida.


NOTA: 10


Autor: Jefferson Queiroz





Crítica


O ASSALTO AO BANCO CENTRAL
( 2011, Brasil)

• Direção: Marcos Paulo

• Roteiro:
Renê Belmonte (escrito por), Lucio Manfredi (colaboração), Tais Moreno (pesquisa)

• Gênero: Ação

• Origem:
Brasil

• Duração:
104 minutos

Elenco: Lima Duarte, Milhem Cortaz, Cassio Gabus Mendes, Gero Camilo

Sinopse: Em Agosto de 2005, 164.7 milhões de reais foram roubados do Banco Central em Fortaleza, Ceará. Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando três toneladas de dinheiro. Foram mais de três meses de operação. Milhares de reais foram gastos no planejamento. Foi o segundo maior assalto a banco do mundo. Um dos crimes mais sofisticados e bem planejados de que já se teve notícia no Brasil. Quem eram essas pessoas? E o que aconteceu com elas depois?


Marcos Paulo deveria continuar nas novelas!

Crítica: É uma pena que uma história que poderia ter sido muito mais explorada em um longa, tenha sido tão estragada com clichês de roteiros americanizados.

A história é muito rica, havia muitos caminhos interessantes que a direção poderia tomar e o elenco tinha experiência cinematográfica. Infelizmente Marcos Paulo tentou tomar o caminho mais fácil, enchendo a produção de frases de efeito e até mesmo estragando a atuação do excelente ator Milhem Cortaz ( Barão) que nos enche o saco com aquela cara de mau e com suas tiradas clichês.

O erro já começa na composição dos personagens, que ao imitar as novelas a direção de certa maneira zomba com o público de cinema que é diferente das novelas, ou seja, o bom, o mau, a mulher sensual e a maneira de apresentar os personagens acaba culminando em uma direção perdida que a todo momento tenta dar tons melodramáticos de novela a produção.

Não é muito legal exigir que o primeiro filme de Marcos Paulo seja uma grande obra, mas pela sua experiência poderia sair algo pelo menos um pouco melhor.

É uma pena que no momento que Hollywood passa a apostar mais no cinema brasileiro lançamos um filme que tenta imitá-los.


NOTA: 2.0


Autor: Jefferson Queiroz