terça-feira, agosto 17, 2010

Crítica de Filme


O ESCRITOR FANTASMA
( The Ghost Writer, 2010)

Diretor: Roman Polanski

Roteiro: Roman Polanski, Robert Harris( romance e adaptação)

Gênero: Suspense

Origem: Alemanha/França/Reino Unido

Duração: 128min

Elenco: Ewan Mcgregor, Pierce Brosnan, Tom Wilkinson

Sinopse: Quando um escritor fantasma britânico de sucesso concorda em completar as memórias do ex-primeiro-ministro britânico Adam Lang, seu agente lhe assegura que é a oportunidade de uma vida. Mas o projeto parece condenado desde o início - até porque o seu antecessor no trabalho morreu em um infeliz acidente. Em um mundo em que nada e ninguém é o que parece ser, o escritor fantasma logo descobre que o passado pode ser fatal e que a história é decidida por quem permanece vivo para escrevê-la.

Mais um ótimo suspense de Roman Polanski!

Crítica: Roman Polanski é mais um diretor da velha guarda que não decepciona, mais uma vez ele acertou em cheio no suspense O escritor fantasma.

Desde o início do filme já percebe-se o estilo de Polanski na condução do filme, para quem viu suspenses dirigidos por ele outrora acaba relembrando as situações tensas vividas em filmes como o Bebê de Rosemary que em alguns momentos se assemelha a esta produção pelo fato de não indicar para o telespectador em nenhum momento a verdade da trama.

Com atuações convincentes de todos os coadjuvantes, de Pierce Brosnan a Tom Wilkinson, e com uma atuação boa, mas as vezes falha de Ewan Mcgregor, fato que se deve também ao desenrolar da trama que por ser gradual chega um momento que não evolui mais e cai junto com o personagem, e por outros acréscimos de personagens na trama que não era preciso. Mas nada disso abala o conjunto final da obra.

O ponto alto em o Escritor Fantasma está principalmente no enredo, muito bem construído sem excessos e com uma tensão crescente fazendo com que o filme não deixe lacunas para serem preenchidas com o que não está no roteiro.

Ao fim do filme podemos sentir aquela sensação de estou satisfeito, pois a produção foi bem dirigida em todos os sentidos, demonstrando também que Roman Polanski está cada vez melhor nesse seu estilo técnico e clássico de dirigir não deixando nada sair do eixo.

Vale também destacar os momentos finais do filme, fazendo assim com que a obra atinja mais uma vez o clímax e entre de vez na lista de uma das melhores produções de 2010.


NOTA: 9,0


AUTOR: Jefferson Queiroz

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